Ainda faltam dois meses para o Natal, tudo bem que não é nenhuma eternidade, são 60 dias, mas estas criaturinhas já abundam por tudo o que é superfície comercial, quais exércitos formados, em tudo o que é prateleira de supermercado. Eles são pretos, brancos, vermelhos, castanhos, há-os de todas as cores, tamanhos e feitios por forma a agradar a qualquer criança (e adulto também!), que não consegue passar indiferente a esta magia de cor e sabor. De ano para ano eles vão chegando mais cedo aos supermercados. Qualquer dia há-de ser Agosto e eles a derreterem (digo, transpirar), nas prateleiras, ansiosos para chegar a Dezembro. E o pior ainda está para vir. É essa febre de Pais Natais de borracha, que eu ainda não consegui entender, pendurados pelas chaminés, varandas, andares e até jardins de todo o Portugal. A culpa é daqueles senhores de olhos em bico que invadiram o nosso país e aos poucos vão dando cabo das nossas verdadeiras tradições. Qualquer dia, em vez do tradicional bacalhau com couves estamos a comer na noite da consoada um "chop suey" encomendado num qualquer restaurante reles. Sim, porque o bacalhau está ao preço do ouro!
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