A imagem não é minha e a frase também não, pois (felizmente) ainda tenho trabalho. A imagem, apesar de estar mais que vista em tudo quanto é redes sociais, vale mais que mil palavras, pois retrata o que se vai passando na actualidade deste país. É uma critica à febre que se vive em torno da selecção de futebol do Euro 2012. Febre esta que, a meu ver é para lá de exagerada. E a comunicação social é a grande máquina que gere e manipula toda esta fúria e sede de apoio a uma selecção de ignorantes que apenas sabem dar uns chutos numa bola e ganham balúrdios para isso mesmo, dar chutos numa bola.
Não gosto de futebol, já antes aqui o tinha manifestado aquando do Euro 2008, e desde então até agora nada mudou. Antes pelo contrário, tudo piorou. E piorou porque estamos mais pobres (eu pelo menos estou, pois ganho menos que há quatro anos atrás), o país está com uma divida externa descomunal que quer pagar extorquindo dinheiro aos contribuintes à cara podre, quais assaltantes profissionais. Os combustíveis continuam a ser vendidos ao preço do ouro. Escolas, centros de saúde e hospitais públicos continuam a fechar todos os dias. Centenas de empresas estão sem lucros e não conseguem pagar aos trabalhadores. Os bens essenciais estão cada vez mais caros, havendo cada vez mais famílias a recorrer ao banco alimentar. O Desemprego aumenta a olhos vistos, vertiginosamente.
Perante isto o que faz o povo português? Só não assiste impávido e sereno ao afundamento do país, como ainda vai para as ruas "apoiar" a selecção, gritar a plenos pulmões "Eu sou Portugal" como se a sua própria vida dependesse desse grito guerreiro. Enquanto isso, os jogadores continuam a ter vidas de luxo, a receber num mês aquilo que muitos de nós não iremos receber em dez anos, e nós cada vez mais pobres e sem recursos.
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