segunda-feira, 21 de abril de 2008

"O Amor Nos Tempos de Cólera"

Ontem vi "O Amor Nos Tempos de Cólera". Achei magnífico. Pensava poder tratar-se de um qualquer filme banal de domingo à tarde sobre o amor. Enganei-me. Este filme é diferente, dá que pensar e dele se podem tirar algumas lições de vida. Adaptado da obra homónima de Gabriel García Márquez, conta a história de Florentino Ariza (interpretado por Javier Bardem), poeta e telegrafista que encontra o grande amor da sua vida, Fermina Daza (Giovanna Mezzogiono). Escrevendo cartas apaixonadas ele vai conquistando o coração da sua amada. Mas o pai de Fermina fica furioso quando descobre o romance, e jura afastar para sempre os dois apaixonados. Fermina casa-se com o Dr. Juvenal Urbino (Benjamin Bratt), um sofisticado aristocrata que a leva para Paris, onde residirão durante vários anos. Florentino leva uma vida de boémio, conhecendo várias mulheres. Passados 50 anos, eles reencontram-se e, apesar de terem seguido vidas separadas, a chama volta a acender-se e o amor de ambos resiste a qualquer obstáculo. O desempenho de Bardem está excelente, bem como a caracterização da sua personagem, à medida que os anos vão passando. De salientar o papel desempenhado por Fernanda Montenegro, essa grande actriz, que faz de mãe de Fiorentino. A banda sonora também está muito boa. Ficou a cargo de Shakira, mas num registo diferente ao qual a sua voz se adaptou muito bem. Não é um filme maçador, consegue prender o telespectador, pelo menos a mim convenceu-me, e transmite uma mensagem de esperança e coragem e que, afinal, essa coisa esquisita a que chamamos "amor" consegue mesmo vencer muitas barreiras. Não vou ser mais lamechas, mas aconselho mesmo verem este filme. Aprende-se qualquer coisa.

2 comentários:

magnus disse...

Ora lá está, o amor visto assim é realmente perfeito. Foi díficil, naão havia contexto (essa palavra que abrange tantas coisas). Mas um amor resistir a 50 anos de separação??? Só mesmo em ficção, toda a gente sabe que adoramos hitórias de amor perfeitas e cheias de romantismo, porque sonhamos com elas mas nunca a vivemos. Ok, eu sei, estou um bocado amargo...

magnus disse...

Ora lá está, o amor visto assim parece perfeito, difícil porque não havia contexto (essa palavra que abrange tantas coisas), mas os enamorados acabaram por conseguir alcançar a união. Mas infelizmente histórias dessas só mesmo em ficção. Todos nós adoramos esses filmes porque sonhamos com um amor assim, na realidade nunca o vivemos. Ok, eu sei, estou amargo...