terça-feira, 12 de agosto de 2008

A Rapariga Morta

Não, não vou falar do filme de Karen Moncrieff "The Dead Girl" que ainda nem sequer tive a oportunidade de ver. Venho antes falar de publicidade. Má publicidade, neste caso! Há uns meses atrás, aquando da sua abertura, o Hospital dos Lusíadas lançou uma campanha de publicidade, espalhando pelo país muppis com a imagem de uma rapariga ruiva, de ar angelical, segurando uma flôr e com a inscrição "Nós gostamos de si". Até aqui tudo bem, acho bem os nossos hospitais promoverem a saúde e usarem jovens de ar saudável na sua publicidade. MAS SENHORES!!! Esta rapariga está morta! Reparem na sua cor pálida, o olhar sem expressão, qual Monalisa! A primeira vez que vi este cartaz, ia a conduzir e não consegui perceber do que se tratava. Só um segundo olhar mais atento me comprovou que, afinal, não se tratava de um anúncio a uma agência funerária. Mas bem que podia ser. E depois o "Nós gostamos de si" como quem diz "não se preocupe, que terá um funeral digno". Toda a imagem me faz lembrar o genérico da série "Sete Palmos de Terra", cujo drama gira à volta de uma funerária. Escolha infeliz, a dos senhores do Hospital dos Lusíadas.

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