terça-feira, 28 de outubro de 2008

Mudar de Sexo

Ontem fiquei indignado com uma notícia que li num jornal diário. Não tenho nada contra a orientação sexual de cada um, cada um faz o que quer do seu próprio corpo. Mas quando isso implica mexerem no meu bolso, aí eu fico irritado. Li que o Estado comparticipa na íntegra as operações para mudar de sexo, operações estas que necessitam duma licença especial e da aprovação por parte da Ordem dos Médicos(OM). E como se não bastasse, ainda têm de ser obrigatoriamente realizadas em hospitais públicos. E quem é que paga tudo isto? Nós, que nos esfolamos a trabalhar para pagar contas e impostos. E para onde vai o dinheirinho dos nossos impostos? Pagar operações de seres que não se sentem geneticamente inseridos na sociedade e decidem mudar aquilo que a natureza lhes deu. Isto é escandaloso quando comparado com o retrato negro das longas listas de espera para operações nos hospitais públicos. Pessoas que se encontram a sofrer e têm de esperar meses ou anos para serem operadas e depois vem o Serviço Nacional de Saúde e comparticipa na totalidade uma mudança de sexo. Em alguns países, estas operações são proibidas e noutros ainda são efectuadas em hospitais privados e custam ao utente entre cerca de 10 e 15 mil euros. Mas cá não, o Estado comparticipa a operação e ainda garante as consultas de acompanhamento e as operações de reatribuição de género (que incluem a implantação ou redução mamária). Vergonhoso. Ler aqui.

3 comentários:

Rubia disse...

desculpa meu caro, mas nao achas q nascer mulher com sexo de homem (ou vice-versa), nao 1 das doenças mais graves q há? nao é tão , ou quiça mais grave do q ser cardiáco por ex?... eu acho q sim, e digo-te sinceramente: é terrivel.
Essas pessoas passam por provações desumanas enqto nao são operadas. Falo disso pq «acompanhei» vários casos somente de um ponto de vista juridico, para uma tese, em França. Acredita q nenhum deles (repito: nenhum) submete-se a esse tipo de operação de ânimo leve, ou pq é parvo ou pq é bichona, ou pq é travesti de profissão. são seguidos vários anos na psiquiatria, para ver se realmente houve erro da Mãe Natureza. Essas pessoas não escolhem nascer assim, não escolhem passar vergonha no dia-a-dia pq n se sentem com o sexo q Deus lhes deu, não escolhem passar pelo ridículo de ter um BI com «MAS.» ou «FEM.» e não serem o q diz o BI,não escolhem serem motivo de chacota CONTINUAMENTE, não escolhem ser rejeitados pela família e pela sociedade desde pequenos, não escolhem serem prostitutos/as (a grande maioria) pq é a unica coisa q lhes resta.
É mto sofrimento, sabes?... e como explicas q uma pessoa dessas, passa por tanto sofrimento e mesmo assim, nao suporta o sexo q Deus lhe deu? achas q se pudessem, nao deixavam essa vida de sofrimento e afinal até aceitavam-se assim mesmo?... pois, o pb está todo aí. tal como podes nascer sem ouvir, ou sem um braço, ou sem o fígado, tb podes nascer com o sexo errado... está cientificamente provado.
Afinal tem direito sim, a essa operação, paga pelos nossos impostos, pq nao são cidadãos de 2ª.

Célio Cruz | Sweet Gula disse...

Rubia:
Até és capaz de ter razão e respeito o teu ponto de vista. Admito que se calhar me precipitei um pouco na interpretação da notícia que li. Mas mesmo assim ainda não estou totalmente convencido e acho que existem doenças/deficiencias bem mais graves do que nascer com o sexo errado, que não são totalmente comparticipadas pelo estado. Falo de doenças cujo paciente está entre a vida e a morte (o que não é o caso), como por exemplo um transplante de coração ou um pulmão, em que o doente tem de estar meses à espera de um orgão, muitas vezes acabando por morrer. E aqui sim, o estado deverá dar todo o apoio necessário e fazer todos os esforços para salvar essa pessoa, mas infelizmente o que acontece muitas das vezes é que só tens duas escolhas: ou és rica e pagas para ser operada, mesmo no estrangeiro, ou és pobre e acabas por morrer. No caso daqueles que nascem com o sexo errado, penso que existam terapias que ajudem a pessoa a adaptar-se a viver daquela forma. A operação deverá ser mesmo o último recurso. Compreendo a caso dos hermafroditas, que têm de optar por um dos sexos, mas esta situação custa-me aceitar.Apenas fiquei irritado porque desconhecia que este tipo de operações só poderiam ser feitas em hospitais públicos e eram totalmente comparticipadas pelo estado, quando todos sabemos que o nosso sistema de saúde nacional está uma miséria e se adoeceres é bom que tenhas uns trocos de lado, porque se precisares da ajuda do estado, bem podes esperar sentada...

Rubia disse...

...mas a culpa do sistema de saude estar podre, n é dos transexuais. ensurgi-me foi do principio: eles são doentes e cidadãos como qquer um, e tem direito ao mesmo do q o cardiaco ou o asmatico.
O pb nao é 1 questão de prioridade no acesso à chirurgia ou ao sistema de saude. A QUESTÃO É TER ACESSO.
Claro q é melhor n se ser nem cardiaco, asmatico, transexual ou padecer de qquer outra doença neste país, se nao tiveres 1 seguro de saude...
é claro e é mto triste.