domingo, 7 de dezembro de 2008

Estranha Forma de Vida

Estreou esta semana em 66 salas de cinema "Amália - O Filme". É a maior estreia em sala de uma produção portuguesa. Trata-se da biografia da mulher que atravessa o século XX para se transformar numa das maiores personalidades musicais de todos os tempos. Carlos Coelho da Silva, o realizador, mostra a vida da fadista desde a infância até 1984, quando ponderou o suicídio após lhe ter sido diagnosticado um tumor. No retrato fílmico da sua infância, passada em Lisboa, separada dos pais e irmãos, é evidenciado o papel do avô e, anos mais tarde, a censura e amargura da mãe perante a carreira de Amália. Mas parece que o filme já está a causar alguma polémica, pelo menos entre os familiares da fadista que avançaram para tribunal com uma providência cautelar, alegando que o filme "deturpa grosseiramente a realidade". Tentaram mesmo impedir a realização e estreia do filme, mas sem sucesso. Agora vêm declarar que a obra "não retrata com verdade nem a personalidade de Amália, nem a personalidade dos seus familiares, nem tão-pouco as suas vidas". Não sei até que ponto tudo isto será verdade ou mentira, mas acho que quando se gastam três milhões de euros em Portugal para fazer a biografia de alguém, deve-se tentar seguir o mais próximo da realidade, aquilo que a pessoa em causa viveu. Penso que tenha sido o que o realizador fez. Não quero ser mausinho, mas cá para mim a família de Amália quis foi ganhar algum à pala do filme e não conseguiram. Como tal "bora lá dizer que aquilo é uma fachada, e tal".

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