quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ser Dador Não Custa Nada

Há uns dias atrás recebi no local de trabalho a notícia de que o D., um colega de trabalho, tinha sido internado por padecer de leucemia. Ninguém estava à espera que aquele indivíduo, que anda sempre bem disposto, que é trabalhador e acima de tudo um bom camarada, viesse a padecer de tal doença. Efectuados alguns exames e tratamentos que não trouxeram grandes melhorias, tentou-se encontrar um dador de medula óssea que fosse compatível, de entre os familiares mais directos. Sem sucesso. Como nós queremos que o D. volte depressa, que se livre dessa doença e volte a ser a pessoa que sempre foi, depressa se formou uma onda de solidariedade entre colegas de trabalho e também familiares destes. E assim, hoje fomos todos dar sangue e inscrever-nos no Centro Nacional de Dadores de Medula Óssea (CEDACE), por forma a encontrarem um potencial dador de medula que seja compatível com D.

E a sensação de poder estar a salvar uma vida é mais que óptima, acreditem. Já há algum tempo que eu andava para me inscrever como dador. Surgiu esta oportunidade (que não foi a melhor, diga-se de passagem), mas ainda assim sinto-me realizado. E o melhor de tudo? É que não custou nada, mesmo. Por vezes as pessoas, ou por ignorância ou mesmo porque nem querem saber, pensam que tornar-se dador de medula óssea é um bicho de sete cabeças. Mas não dói nada e a sensação de podermos estar a salvar uma vida humana é mais que reconfortante. Poderei não ser compatível com D., mas ao ficar registado no banco de dadores, posso vir a salvar a vida de outra pessoa. E quanto a D. , de certeza que há-de aparecer alguém que o irá ajudar a safar-se desta com distinção.

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