sábado, 25 de setembro de 2010

No Comboio...

A meio da semana fui a Lisboa tratar de uns assuntos. Para tal decidi abdicar de me deslocar no meu carro e optei antes por utilizar um transporte público, neste caso o comboio. A coisa começa a correr mal logo no inicio, com a compra do bilhete (assunto para outro post). Foi uma experiência hilariante, tal a quantidade de futilidades que se podem ouvir através de uma conversa telefónica de uma pessoa sentada perto de nós. É nestas alturas que sabe sempre bem ter por perto um iPod ou um MP3.
Carruagem quase vazia, cerca de quatro, cinco pessoas. E aquela voz estridente de uma fulana, que ecoava em toda a carruagem e que passou quase uma hora ao telefone com alguém do outro lado que, ou também não tinha nada de útil para fazer ou era igualmente fútil. Agora imaginem as coisas que uma pessoa tem que ouvir, mesmo que não queira. Fiquei a saber que a fulana tem uma casa de banho muito pequena e que sempre que lá vai, seja para se pentear ou para fazer as necessidades fisiológicas, nunca fecha a porta e avisa o filho ou o marido que vai usar aquela divisão, isto para evitar situações como a do dia anterior em que foi tomar banho logo a seguir ao jantar e sentiu-se mal. Mas alguém, no seu perfeito juízo toma banho logo após uma refeição?! E quando ela está sozinha em casa, será que NUNCA usa a casa de banho?! Fiquei também a saber quanto é que a filha da fulana está a pagar pela casa que habita, quanto é que o filho está a pagar pelo carro, que nem sempre consegue pagar e ela tem de se chegar à frente com o dinheiro. Ouvi também ela a dizer à outra pessoa que não se preocupasse, que marcasse uma consulta no Dr. João (nome fictício) que lhe passava um atestado em como ela estava doente, mesmo que isso não tenha sido verdade, tal como fez com ela quando meteu baixa, mesmo sem precisar. Pelo meio iam cortando na casaca de uma ou outra vizinha/conhecida.
Conclusão, aquela conversa repugnou-me, todas aquelas palavras que foram vomitadas durante aqueles longos cinquenta e tal minutos, se espremidas não se aproveitaria nem um vocábulo. Aquela pessoa era mais um parasita da sociedade que vive à pala dos meus impostos e de quem trabalha. Deu para perceber que era uma pessoa que não nadava em dinheiro, que até de vez em quando passava algumas dificuldades, mas que também não demonstra muito interesse em trabalhar e fazer pela vida, que vive à custa de subsídios, mas que ainda assim gasta dinheiro com o telemóvel com uma conversa da treta. Como é que alguém tem tanto para dizer, mas ao mesmo tempo esse tanto não é nada, porque é conversa que não interessa a ninguém?! O pior é que o país está cheio de pessoas assim.

2 comentários:

Mike disse...

Bem que viagem medonha.
Mas sei o que é; ao meu lado todos os dias tenho uma criatura semelhante ao que descreveste.
Ao fim da semana se fosse a fazer um resumo do que disse....uma linha chegava.

Filipe Ribeiro disse...

Tal como esta senhora...há tanta gente assim...e paspalhos como eu a pagar impostos...