sábado, 24 de janeiro de 2009

The Curious Case of Benjamin Button

E se vivessemos a vida ao contrário, ou seja, nasciamos já velhos e íamos rejuvenescendo, à medida que tudo envelhecia à nossa volta, incluindo a pessoa que mais amamos? É à volta disto que gira o mais recente filme de David Fincher, um filme que desde já recomendo, pois é muito bom. É daqueles filmes que enchem o coração, que nos enriquecem a sabedoria e que dificilmente esqueceremos. É uma fábula sobre a passagem do tempo de trás para a frente, que conta a história invulgar de um homem que nasce com 80 anos e regride na sua idade. Este homem, como qualquer um de nós, é incapaz de parar o tempo. Durante a sua invulgar viagem, conhecemos as pessoas e os lugares que Benjamin Button descobre ao longo do seu caminho, dos seus amores, alegrias da vida e da tristeza da morte, e daquilo que dura para além do tempo. Fica-se com mais uma sensação de que a vida deve ser aproveitada ao máximo e nunca é tarde para recomeçar ou fazer aquilo que antes nunca tivemos coragem para fazer.
Desde a realização (algo muito diferente do anteriormente feito por Fincher), passando pelos efeitos visuais, a fotografia, a maquilhagem, os próprios actores escolhidos (a química que existe entre Brad Pitt e Cate Blanchett é arrebatadora) até ao argumento, tudo funciona em perfeita sintonia. Reúne todos os ingredientes para fazer deste um filme memorável. Apesar de ser bem longo (quase três horas de filme) e de haver um ou outro momento desnecessário, este filme é uma grande lição de vida e uma fonte de sentimentos.
Tenho a salientar duas situações que marcaram, uma a do senhor idoso que aparece várias vezes a contar que foi atingido sete vezes por um raio, que consegue sempre arrancar uma gargalhada geral do público, e a outra, esta frase dita por Benjamin "Our lives are defined by opportunities, even the ones we miss".
Este filme adquiriu treze nomeações para os Óscares, entre as quais a de Melhor filme e a de Melhor Actor Principal.

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