
Apesar de Barcelos se situar geograficamente no Norte do país, este tipo de recordações poderia manter-se à venda por aquela região e quanto muito, um pouco mais abaixo, na cidade do Porto. Mas não, ele insiste em estar em toda a parte, isso eu já constatei. Do ponto mais a norte de Portugal, ali para os lados de Valença até ao ponto mais a sul, perto de Faro, ele aparece-nos tipo assombração, por onde quer que uma pessoa passe, reproduzindo-se às centenas.
Ainda ontem, quando dava um passeio junto ao Mosteiro da Batalha, lá estava ele, nas lojas de artesanato, destacado entre tantos outros objectos fúteis, com o seu ar emproado. Mas não se fica por aí. Caso flagrante, foi há uns anos, quando pela primeira vez o vi no Algarve, ali para os lados de Vila Real de Santo António. Quase, quase a esgueirar-se para Ayamonte, ainda não tendo conseguido conquistar o território de "nuestros hermanos", mas a seu tempo ele lá chegará. É uma questão de atravessar o rio Guadiana. Mas como ia a dizer, lá estava ele, no Algarve, no meio de tantos outros cacos ("pottery", para os bifes), para-turista-ver-e-comprar. Depois estes turistas voltam aos países de onde vieram, com grandes escaldões e cheios de "souvenirs" para os familiares. Estes ao desembrulharem todos sorridentes os "souvenirs" deparam-se com um galo de barro que dizem ser "a tipical handcraft, from Allgarve in Portugal", mesmo sem nunca terem posto os pés em Barcelos, ou nem conhecerem a lenda por detrás do galo. Ainda assim, ele continua a vender-se e é um ex-libris das lojas de artesanato portuguesas. E sem dúvida, é a recordação mais exportada do nosso país, qual Nossa Senhora de Fátima.
1 comentário:
Antes o Galo que a N.S de Fátima. Há uns bem giros ;-)
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