domingo, 5 de julho de 2009

Os "Cornos" de Manuel Pinho

[Assembleia] - reunião dos membros de um grupo ou organismo, regularmente convocados para deliberar sobre assuntos particulares ou de interesse público; (Do lat. *assimuláre, «pôr em conjunto; juntar», pelo fr. assemblée, «assembleia»)[in Dicionários Porto Editora]
É de lamentar a atitude do ex-ministro da economia, Manuel Pinho, na passada quinta-feira, na Assembleia da República. Assembleia esta que, cada vez mais foge aos seus princípios e significado, pois ali tudo se passa, tudo se fala, tudo se discute, menos aquilo que interessa, que é o (mau) estado da nação. E sem querer alongar-me muito, este gesto que Pinho encenou para a oposição, só vem provar que o nosso Governo está fragilizado, sensível, a precisar de uma reforma urgente. Um gesto patético, baixo, ofensivo mas bastante expressivo, porque em toda a sua essência, só veio mostrar aquilo que de mais comum se passa nos debates da nação. A Assembleia faz lembrar uma espécie de mercado do Bulhão, em que só se ouvem berros, gritos, insultos e bocas foleiras, cada um gritando mais alto que o outro, como se assim tivesse mais razão ou fosse mais respeitado. E no meio de tudo isto, um fedor horrível de peixe mal amanhado. Este é o retrato perfeito dos debates na Assembleia. Os debates Governo-oposição, atingiram um nível tal que já não há nível.
E a Manuel Pinho, saltou-lhe a tampa, chegou ao seu limite de demência e esta-se a cagar para os demais, sacando de um gesto obsceno que era desnecessário para atingir aquilo que por certo há muito desejava, só ainda não tinha encontrado uma forma original para o fazer, que era demitir-se deste governo. Agora fica a questão, é ele que está mal? Verdade seja dita, enquanto ministro, pouco ou nada fez que fosse digno de mais tarde ser recordado ao associado ao seu mandato. E sempre que se falava na sua figura, nunca era por um bom motivo, ou porque "metera a pata na poça" com mais uma das suas milhentas "gaffes" ou porque estava a lixar o contribuinte. Mas este gesto "heróico" ficará para a história e a atitude que teve, em abandonar o seu cargo, por certo eu também a tomaria, pois quem é que gosta de estar dentro de um barco cheio de ratos e baratas?!

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